não rifo as veias do meu pulso
por atenção de quem quer que seja
o sangue que outrora resseca
não elucida o que a carne deseja
você pode me amarrar nas suas pernas
deflorar meus olhos com sua voz
não vou aniquilar o que é meu
em prol do que você chama de nós
todos são amplamente substituíveis
a sua boca alterna lábios com facilidade
o amor que você dissimula
envergonha até mesmo a vaidade
somos estranhos em desafio
sussurro, pretensão e covardia
o pulso cortado à noite
estará cicatrizado de dia