Hoje eu encontrei um e-mail teu.
Pensava que todos tinham sido deletados.
Era aquela prosa poética nonsense da minha parte. E o entusiasmo dos teus devaneios dialéticos que sempre me comoveram.
O português sempre impecável. Apesar da informalidade das maiúsculas e a bipolaridade da pontuação.
Era espontâneo e carinhoso. Ao mesmo tempo egoico e com pitadas de desonestidade. E não estava errado. E não era pecado. Não cabiam acusações de perfídia. Pois mal conhecíamos as microlesões de nossas mentiras.
Eu queria mais.
Você queria mais.
Não havia técnica. Não havia manual de sedução. Era desejo intelectual puro e ideológico. Era Platão e seus colhões. Era a perfeição na forma escrita. Era a voz que ressoava na minha cabeça quando lia tuas deleitosas palavras e risadas criptografadas.
Interrogações, exclamações, títulos cada vez mais criativos.
Amor virtual de verdade!
E a ignorância de que tudo iria desmoronar quando se tornasse real.
;D
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