Caminhando sem rumo no meio da mata. Tentando efusivamente me perder.
Lembro da tua ganância e da tua arrogância. A mão esquerda sempre querendo o que a direita tem.
Talvez ambição demais. Porém, relaxe. Eu sempre busquei entender o lado de Satanás.
Sou teu contato com aquilo que é telúrico. Nada de altivez espiritual. “Quedamos” no inferno. Não no plano astral.
Não me perdi. Encontrei a cidade e tudo que ela me faz lembrar: chuveiros queimados, bitucas, controles remotos e masturbação.
Felicidade hoje é saber que eu poderia ainda estar na tua mão.
Mas eu mudei o rumo da minha epopeia. Teu amor, enfim, não passou de uma branda ideia.
Não misture mais teu joio comigo. Não sou trigo. Não sou amigo. Não sou mais que o teu elo perdido.