É da natureza dos bardos
Desejar a conquista
Submeter-se ao que for do delírio alheio
Elevar profundidades em verso e prosa
Oferecer submissão aos sados
Ou dominação aos masosquistas
Encantar com epifanias e total atenção
Fazer o ser se sentir único e adorado
Inserir gatilhos calculados
Gastar o que não tem para adular os materialistas
E aí
Quando a conquista enfim chega
E os poemas cessam
O gozo dos bardos
Está em se negar
Ao objeto
Antes
Desejado