bate o sino da meia-noite
estou buscando prazer
em apagar vestígios
da sua linha de produção
amorosa
da sua autocondecoração
capciosa
derreter memórias no travesseiro
de quando éramos
competitivos
do quanto somos
imaturos
a arte antropofágica
de triturar o que sobrou
de você
na minha
mutilada
alma
e
enveradar
nos confins
aflitos
da minha
melancólica
escuridão