Até bater o sono
Sou obsoleto na cama
Na cor verde oitentista do umidificador
Nas frases retóricas das pás do ventilador
No olhar tenro da lua admirando minha insônia
Nas dobras ímpares do lençol que regurgita ondulações
No peso autófago da solidão na penumbra
Nos pensamentos pulsantes e espumantes dos lados antagonistas do cérebro
Na lembrança de que tudo foi mais uma vez em vão