antes do cianeto

perto demais
feromônios
perto demais
tantos demônios
perto demais
dos meus
pseudônimos

já estamos
velhos
para
eu
me fingir
de
salvação

sou
um
mau
samaritano
daqueles
grotescos
por baixo
dos
panos

e vou
deixar
os belos
versos
para
o
final
como se
houvesse
controle
do meu
derrame
pleural

como
se
ler
poesia
e
entender
poesia
fossem
méritos
lexicais

só conhecemos
a beleza
do
precipício
quando
já é
tarde
demais

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s