o desespero que rodopia
quero sentar e esquecer
quero sentar e ser deus
controlar o ar que entra
independer do ar que sai
pulsão de morte ao amanhecer
pulsão de morte ao entardecer
e eu me sinto indigno
dissimulado
preso
na
armadilha
que eu
preparei
com meus dilemas
com o ímpar
cheio de quinas
e inversões
de prioridades
na agulha
mais
cruel
de se
sentir
só
e
desesperado
querendo
abraçar
e ser
menos
dor
e ser
menos
o que
foi
ser
menos
eu
renúncia imediata de mim mesmo
já!
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Menino, esse texto veio que nem uma pedrada. Não me resta muito senão… renunciar a mim mesma.
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Eu me assustei. Não lembrava de ter escrito hoje. Dirigi até o trabalho atrasado, rivotrílico, ritalinado, um olho aberto e outro sem reação. Acredito que sentei e meu inconsciente escreveu. Eu realmente não lembro. Acho que estive fiel demais à emoção. Tanto que não lembro da razão. Enfim, deve ter muita verdade nisso. Minha verdade. E tua verdade também. E estamos assustados.
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