eu quero me inspirar
em qualquer coisa
que não seja
a pestilência
apocalíptica
que perfaz
as minhas
sinapses
intestinais
o fogo amigo
o fogo-fátuo
o fogo
da
sua nudez
sigilosa
no
meu
e-mail
a faísca
dos seus
desejos
matinais
eu quero
escrever
sobre algo
além
deste
hiato
me esquecer
do domínio
das massas
emocionadas
e dos efeitos
do
topiramato
eu quero
me apaixonar
pelos
seus
cristais
carentes
de
significado
ver o
mundo
como
perfeito
paraíso
quando
no seu
âmago
adjudicado