na borda da tua sopa

a famosa alegoria
da carne sem pele
que tudo sente
de forma
desproporcional

a dolorosa mania
de ver
pretensões
subentendidas
e preceder
no teu olhar
apenas
o meu mal

assim o belo
passa a ser
ofensivo
fico
encolhido
defensivo

sem
autopiedade
com
o pino
na boca
e
a granada
na
mão

não é
por maldade
mas
meu corpo
inteiro
clama
por
destruição

Um comentário em “na borda da tua sopa”

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s