Você ainda se recorda da nossa viagem de ácido para Atlanta?
Das brincadeiras com rimas improvisadas aproveitando o THC antes de dormir?
Das leituras em voz alta de Schopenhauer imitando personalidades?
Da mútua aversão nos dias de tenebrosa ressaca?
De fechar botecos estilo copo sujo com o violão em riste fazendo arruaça?
Do veneno que aplicamos um no outro naquela madrugada sombria?
Dos livros que mentimos que lemos e de nos fingirmos de burros para servir de escada um para o outro?
Você lembra o quanto custou tudo isso?
Agora… nenhuma recordação faz sentido. Não nos respeitamos e a lembrança juntos é como limão e sal na ferida que tomamos junto com tequila esperando que tudo se apague para sempre.
Fantástico!
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