que saudade de você!
há 15 anos não te vejo
e vendo
as ranhuras
do tempo
no seu
sorriso
tenho
a assoberbada
curiosidade
de pactuar
com o
imaginário
acerca
do que
perdemos
quando éramos
jovens
eu bêbado
você lagrimosa
eu afoito
você solitária
eu trovador
você perdida
nós dissonantes
qual seria
o sabor
morfético
do nosso
reencontro?
mas meu interesse
se esvai tão fácil
quanto veio
a realidade
não faz
sombra
ao que
almejo
quando
ilustro
tudo
com
a
paleta
corrompida
do meu
desejo