você não cansa em ser vítima
das próprias ficções
das dores inventadas
dos folgados grilhões
dos amores de fachada
das lágrimas que sequer têm sal
do sangue que logo coagula
de estar entre o bem e o mal
do ódio que se simula
do câncer provocado
da morte que se amaria
do medo de deitar de lado
nessa cama vazia
e eu
vejo
você
se debater
nessa
autoafirmação
louca
e
oca
pois já
espera
perder
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