a memória
da sua
inexorável
perversidade
é uma prisão
o galo canta
ou chora
quando
me recorda
das notívagas
baladas
dentro
do cativeiro
do seu
apartamento
a luz se apaga
quando o sol
nos agride
com a crueza
de um novo
ciclo
a noite
não dura
eternamente
como nossos
lençóis
nos
prometeram
nosso amor
não dura
é apenas
uma
síndrome
de
abstinência
demorada
amarga
e
profunda
e rezamos
para
sumir
para
o nosso
deus
da
indiferença